Os preconceitos sobre o cabelo crespo no ensino superior brasileiro que remontam à época escravista até hoje passando pelas constituições eugênicas de 1934 e 1946 que proibiram oficialmente acesso à universidade aos afrodescendentes brasileiros, são um dos fatos sociais bem enraizados na sociedade brasileira. Esses preconceitos sobre o cabelo crespo e racismo em geral, na educação obrigaram aos vários afrodescendentes a tornarem-se empregados domésticos, sendo proibidos sociologicamente a acessar aos trabalhos dignos, que necessitam da educação superior. A partir dos anos 70 para que um afrodescendente possa ter pelos menos acesso à universidade, precisava alisar o cabelo. Esse tipo de sociabilidade fez da educação superior brasileira principalmente exclusiva. Só a partir de 2012, uma política das cotas foi instituída para remediar essa discriminação, dando 50% das vagas aos afrodescendentes brasileiros com cabelo crespo ou não, nas universidades públicas. O que muda a postura atual da educação superior brasileira. Apesar disso, ainda há vários casos da exclusão dos afrodescendentes brasileiros nas universidades causadas por um racismo institucionalizado.